DE TUDO UM POUCO 

MLCB©2011/2024-Maria da Luz Fernandes Barata e Carlos Barata 

Portugal 

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Aquele dia amanheceu cinzento. Muito cinzento! O sol, obstinado, não saiu detrás das nuvens cinzentonas e carregadas de água.
O mar mostrava a sua personalidade autoritária, formando ondas alterosas, constantes e conscientes da beleza das suas cristas brancas.
E foi assim todo o dia...
O espectáculo, apesar de triste devido ao tom plúmbeo de todos os elementos, era belo. De tal beleza, que dificilmente consegui despegar os olhos do horizonte, onde nem sequer uma réstia de azul ou de sol apareciam, para me confortar, para me aquecer a alma.
Resolvi pois, imaginar.
Imaginei o sol, totalmente descoberto, decidido, acariciante, caloroso; imaginei que o vento forte se havia transformado numa brisa suave, mimando a minha face; imaginei o mar azul, calmo, de doce ondulação branca, beijando as areias douradas sedentas das suas carícias.
Depois de preparado todo o cenário circundante, imaginei-me deitada ao sol, sentindo a areia no meu corpo bafejado pela brisa e ouvindo o marulhar  daquelas ondas tão belas, de som tão ritmado e embalador.
Quando “acordei”, o dia continuava cinzento e triste. Mas eu não. Estava feliz por mais um dia. Estava feliz porque tudo o que há de belo está dentro de nós. E nós somos o querer e a força!
Tal como durante o Outono e o Inverno, também na nossa alma existem dias tristes; vamos com essa força de pensamento transformá-los em dias cheios de sol, essa dádiva da natureza.

ML/1999

MEDITAÇÃO

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